Em Recife, respira-se cultura, fato.
Em São Paulo nem tanto.
E eu, boa recifence que sou, ando sentido falta dessas doses intelectuais de vez em quando.
Mesmo que não fossem de intelecto absoluto, nossas visitas quase frequentes à Livraria Cultura sempre nos fazia respirar a arte. Um café cultura, uns livros na seção de filosofia ou até mesmo GLS (sim, li algumas vezes), dvds, cds e alguns shows de blues no espaço Cultura. Por todo lugar aquela livraria era arte. Desde o carpete, até os vendedores.
E isso faz falta.
Faz falta ainda a velha passadinha na varanda do Paço Alfândega para fotografar (e admirar) o belo pôr-do-sol recifence. O marco zero, o maracatu que se ouvia caminhando para a Rua da Moeda, e uma cerveja com pastel no burburinho caía bem até pra mim que preferia a boa e velha caipirinha.
Recife é arte. E o Recife está em mim…
Não é de se admirar, portanto, que eu esteja sentido essa falta absurda da cultura que encontrava lá e (nem de longe) encontro aqui.
Por isso resolvi pesquisar um pouco.
Esta tarde para os sebos, amanhã serão os museus e manifestações culturais nordenistas e por aí vai… Estou em São Paulo, isso é gigante… não é possível que nas entranhas da Paulista com a Augusta não exista se quer um café-sebo onde eu possa me enfiar no cheiro de livros velhos. Ou talvez que não haja uma única praça onde os pernambucanos famintos se juntam para tocar maracatu.
Qualquer dia volto pra contar sobre as aventuras.
E tomara que eu ache mesmo um bom lugar pra passear por aqui, além do Villa Lobos que já é de praxe, é claro.